Um dia hei-de ter um jardim, onde plantar todos os amores desta vida que não floriram. Hei-de adorná-lo com o arremesso das pedras solidificadas nos recantos de mim, nos sítios onde nunca fui, nunca estive, nem levei ninguém. Um dia hei-de amar esse lugar, sabendo de cor o tempo que o caminho levou, conhecendo o trilho de olhos fechados, sem ajudas ou mapas. Um dia, confiarei apenas nos meus sentidos, para que me indiquem o pé que irá à frente, a mão que içarei do cansaço, que livro terei no bolso e com quem irei aprender a adornar a terra sagrada onde desejarei terminar os meus dias.
Para sempre fã de António Lobo Antunes, fascina-me a forma como usa as palavras. Como elas a ele se rendem, transformam, como cria novas formas de escrita e por último, a ternura com que descreve o ser humano e o estado de alma de ser português. ... Estas palavras aqui são minhas.
domingo, 14 de junho de 2009
Um dia hei-de ter um jardim
Um dia hei-de ter um jardim, onde plantar todos os amores desta vida que não floriram. Hei-de adorná-lo com o arremesso das pedras solidificadas nos recantos de mim, nos sítios onde nunca fui, nunca estive, nem levei ninguém. Um dia hei-de amar esse lugar, sabendo de cor o tempo que o caminho levou, conhecendo o trilho de olhos fechados, sem ajudas ou mapas. Um dia, confiarei apenas nos meus sentidos, para que me indiquem o pé que irá à frente, a mão que içarei do cansaço, que livro terei no bolso e com quem irei aprender a adornar a terra sagrada onde desejarei terminar os meus dias.
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